segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tão frio quanto o inferno.

"Nothern lights guide our way
Come whatever may
Forest god protects our day
In the land of ice and snow"
Stratovarius-The land of ice and snow
Somos da terra do gelo e da neve, mesmo que o sol seja quase sempre fraco não se engane nossas almas são douradas e nosso coração é nobre e essa é nossa história:
Os sábios da minha tribo previram um terrível inverno que estaria por vir e assim trazer a desgraça, fome e outros males para destruir nossa tribo. Porcos imundos, malditos sábios e a confiança do meu povo na palavra dos chamados “Deuses” foi preciso apenas poucas palavras para deixar, todos submissos ao próprio destino, “é a vontade dos deuses, não podemos lutar contra a grande nevasca que irá destruir tudo!”.

Porém eu sei que aquilo era apenas medo, medo de desafiar o destino, porque é tão mais fácil aceitar uma condição do que lutar contra ela. E foi o que eu e meu irmão mais novo fizemos. Lideramos equipes de caça para estocar e armazenar comida durante o inverno rigoroso.
Reforçamos barreiras e estruturas das casas para agüentar os ventos devastadores. Nossa tribo e nossa honra iriam permanecer, nosso povo acima de tudo, o coletivo acima de qualquer crença. Enfim o temível tempo do inverno infernal chegara, todos estavam preparados e iriam lutar até o fim, os verdadeiros deuses, aqueles que não exigem sacrifícios e vivem pelo amor nos ajudaram na batalha.
Os sábios não tão sábios assim, não estavam nada contentes comigo pelo menos, ”Você irá pagar por sua heresia, os deuses irão se vingar”. Eu tomei a iniciativa para salvar a tribo, e irei ser castigado?
Mas só assim eu aprendi que toda benção vem acompanhada por uma maldição. Certo dia um lobo com garras de prata e tão branco como a neve, veio para destruir a tribo. Os sábios foram os primeiros, porém a besta de olhos brancos estava atrás de mim. Com a minha lança firme eu lutei, lutei pela minha vida.
O sangue corria rápido dentro das minhas veias, era difícil acompanhar a fera, o ambiente não ajudava a mim e deixava a besta camuflada na neve fina. Cada ataque desferido ao lobo era desviado com facilidade, aquele ser possuía uma agilidade incrível. Mas minha estratégia era perfeita ou quase.
Para um bem maior atrai a besta até uma parte do desfiladeiro. A besta se jogou em cima de mim com uma fúria titânica, porém minha lança foi certeira em seu coração. A fúria do animal selvagem foi maior que a minha vida, e ambos os homem e besta caíram desfiladeiro abaixo misturando suas essências.
Toda benção é acompanhada de uma maldição. Estar vivo depois de cair quase trinta e três metros de altura foi a minha dádiva, mas a marca da besta agora estava dentro de mim. Minha vida nunca mais seria a mesma, agora a cada lua cheia tenho um novo motivo para lutar contra mim mesmo.

Quando a noite cai ela disfarça o mundo na escuridão impenetrável.
Um arrepio sobe do solo e contamina o ar de repente ...
a vida tem um novo significado.


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