domingo, 20 de novembro de 2011

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Cicatriz


E após tanto tempo,
Como fico ao olhar atento
Para nossas fotos,
Que espalhadas na cama,
Exalam seu cheiro?
E o meu desespero,
Que só faz aumentar,
Pois, só quem tem a quem se ama
Sabe que pode encontrar
A felicidade e ser completo.



Eu amo mas não tenho
O amor correspondido
E assim, me acanho
Por ser mais do que perdido
Em minha vida a lamentar.

Toda a mágoa desse mundo,
Não chega nem perto
Desse poço tão profundo
Do qual estou bem certo
De que nunca vou sair.

Nem consigo ver a luz,
Nem um ínfimo sinal
Que me dê uma esperança
De amar-te ao final
Dessa vida que me conduz.

Por isso, sigo infeliz
Nessa existência vã
Com meu céu que é tão gris,
Só espero o amanhã,
E contemplo a cicatriz.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Futuro


Planejo o futuro a passos largos,
Como se estivesse correndo do passado,
E me esquivando do presente.
Fujo dessa dupla tão constantemente,
Que me esqueço de tudo, apressado.


Minhas pernas estão cansadas,
O meu corpo pede para parar.
O meu coração em disparada,
Com minhas costas tão pesadas
Fazem o meu peito arfar.

Perdeu todo o encanto a minha vida
No momento em que comecei a pensar
No futuro, que a Deus pertence e a mais ninguém.

Não há como ter certeza dele,
E assim, continuo com minhas dúvidas,
Correndo em voltas, com a cabeça à frente,
O peito aberto contra o vento presente,
Minhas costas viradas para o passado.
Mas ainda assim não consigo enxergar nada.

Galera, desculpem a demora. Mas estava ali em terras hermanas, engordando um pouquinho. hahaha. Abraços do @dereckalexandre

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Você se lembra?


 Sabe quando simplesmente você acorda e sente um vazio estranho? Não, não é fome, pelo menos eu sei que não. Depois de tudo, o tempo parece que passou rápido demais. Olho para as paredess do meu quarto, as da sala... elas são cheias de fotografias, como se eu quisesse realmente enfiar uma ideia de quem eu sou na minha cabeça, talvez para enfrentar esse vazio que eu sinto ao acordar. Eu não sou psicólogo, ele aqui é você, então vou começar logo...(...)
O velho de quase dois metros deitou em uma posição confortável no divã, com as mãos em cima do peito que carregava algumas mágoas e poucas vitórias. Olhava para cima com frequência, evitava fitar diretamente para o homem à sua frente que mais parecia uma estátua do que um médico. O velho não sabia o motivo, mas lembrar era uma tarefa árdua. No entanto, ele ensaiou, tomou sua Kriptonita e decidiu procurar ajuda para o seu problema. Passou a mão na testa, suspirou e voltou a falar:
  Eu sou D'Artagnan, ao menos é isso que eu acho . Nasci com o mosquete em mãos, fui treinado desde pequeno, sou aquele cara que de vez em quando aparece nos jornais e noticiários da cidade desde salvando gatos presos em árvores até impedindo pequenos roubos. Não sou rico, não sou um Batman da vida, recebo algumas condecorações, uns prêmios e me privo de muitos luxos. O verdadeiro problema é que certo dia eu fui atrás de um ladrão que acabava de roubar uma senhorita na avenida principal. Eu sei onde os ratos se escondem, então saquei meu mosquete e corri atrás do rato até minhas entranhas queimarem, para onde foi todo meu fôlego?
Suspirou novamente, tentava não lembrar, mas precisava pois isso trouxe o dilema de sua existência. Tomou fôlego e voltou à luta.
  Cansado, ele não portava arma de fogo. Bradei: "Filho, larga essa bolsa! Você não precisa tornar isso doloroso!" Engraçado, os jovens ratos nunca escutam os mais velhos — O velho sorriu mostrando os dentes amerelados. Seu semblante foi tomado por uma alegria instantânea ao relembrar o momento de glória. — Parti para cima dele e com cinco sopapos bem dados ele foi ao chão. A senhorita chegou logo depois aos prantos, entreguei-lhe a bolsa quando aqueles olhos começaram a brilhar, ela sorria em meio a soluços: "Pai..papai, onde você esteve todo esse tempo?" Algo me atingiu no fundo e levantou esse Vazio, a única coisa que eu consegui fazer foi correr para longe, bem longe daquele vazio enquanto eu tentava recordar alguma memória da garota. Eu tentava me recordar mais não conseguia. (....)

Chegando ao meu apartamento, olhei todas as fotografias. Eu não possuía uma família, mas lembrei que possuía um velho diário guardado em uma gaveta trancada juntamente com a minha kriptonita, cápsulas de controle. Consegui dar uma breve lida no diário antes das lágrimas rolarem. Lá dizia que meu nome era "Miguel Soares", que eu fui um professor ótimo de esgrima, tinha uma mulher e duas filhas, e que fui diagnosticado com Alzheimer há praticamente três anos. Nos meus relatos eu não conseguia aceitar a ideia de que ia me esquecer de tudo daqueles que eu amo, e que provavelmente eu iria virar um vegetal em uma cama. (...)
 Então eu, com o tempo que me restaria, tentaria fazer um mundo melhor para aqueles que amo. Tenho certeza que essa doença vence meu corpo cada dia mais, pois só me lembro disso porque tomei as cápsulas. Pouco tempo me resta, e eu não quero ser um vegetal impedindo a vida da minha família. Nas páginas finais do diário, dizia que eu me despedi devidamente (...)

 No final, existem várias maneiras de lidar com uma situação: Você pode ver isso do lado positivo ou negativo, mas provavelmente toda decisão que você pensará em tomar  terá seu lado bom e ruim. Descobri que a causa do vazio é esse amor reprimido pela minha família, que de alguma maneira é mais forte que memórias de um cérebro degenerado, e essa será a energia que me impulsionará a lutar contra esse monstro que está alojado no meu cérebro. Porém, essa dúvida sempre irá me perseguir: Eu agi certo abandonando minha família, possíveis amigos, trocando uma vida por Outra?
Alguns minutos de um pseudo-silêncio sagrado tomaram conta da sala enquanto o psicólogo terminava de tomar suas notas sobre o singelo caso do paciente. Quando a estátua ia abrir a boca para concluir o caso, o velho olhou para o mesmo com olhos empapuçados atrás dos óculos e disse: 

— Quem é você?
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Bom pessoal, to começando uma nova série aqui no blog, espero que gostem e sejam bem vindos a “Cidade Rex¹!” Alzheimer é um assunto sério e eu vou passar alguns dados do que pode ser feito para diminuir ou mesmo evitar a doença:
¹ Rei em Latim.


- A inclusão de fruta e vegetais, pão, trigo e outros cereais, azeite, peixe, e vinho tinto, podem reduzir o risco de Alzheimer

-Atividades intelectuais como ler, escrever com a mão esquerda, disputar jogos de tabuleiro (xadrez, damas, etc.), completar palavras cruzadas, tocar instrumentos musicais, ou socialização regular também podem atrasar o início ou a gravidade do Alzheimer.

- Reduzir ao máximo o contato de alimentos com o alumínio, Ele está presente em panelas que armazenam as sobras do almoço para o jantar, ou vice-versa. Ao ficarem na geladeira, por exemplo, aos poucos a panela solta pequenas partículas de alúminio que contaminam o alimento, dê preferência por armazenar as sobras em recipientes de plástico, e volte para a panela somente quando for aquecer. 

-Evite também o uso excessivo de papel alumínio para embrulhar os alimentos, sobretudo em lanche para as crianças. 

-Dê preferência por potes de plástico, que além de conservar melhor o alimento sem amassá-lo, evita o gasto com o papel e ajuda a natureza na hora de reciclar, reduzindo o lixo produzido.

-Existe uma relação inversamente proporcional entre a prevalência de demência e a escolaridade. Nos indivíduos com oito anos ou mais de escolaridade a prevalência é de 3,5%, enquanto que nos analfabetos é de 12,2%

Caso tenha alguma dúvida ou suspeita procure se informar nos links abaixo e se informar com um profissional que irá avaliar o caso e o tratamento correto.

Abraços




domingo, 24 de julho de 2011

Sina

Anteriormente na saga de Zara, o caçador de anjos:


"Vocês ouvirão, mas não entenderão;
olharão, mas não enxergarão nada.
Pois a mente deste povo está fechada:
Eles taparam os ouvidos
e fecharam os olhos." (O Evangelho de Mateus, 13. 14-15)



O ferro oxidado das correntes da algema raspavam em um barulho irritante enquanto dois policiais seguravam meus ombros como se tivessem qualquer poder sobre mim. Nós três andávamos calmamente pela delegacia como um trio de amigos tomando sorvete em um shopping center. Só faltavam as lojas, as pessoas animadas, os sorvetes... e os amigos.
(Tudo bem, não parecia nada com uma andança no shopping, era mais uma caminhada pelo apocalipse.)
Entrei numa sala. O delegado — que parecia com os guardas e com oitenta por cento das pessoas, afinal eu estava no bairro de Adachi, em Tóquio, e a Ásia inteira saiu da mesma fôrma — olhava por trás de seus óculos ovalados querendo me repreender ou algo assim. Quando me sentei, senti que seus olhos ainda me acompanhavam.
— Como você está? — Ele perguntou, naquela rapidez da língua japonesa. 
— Algemado.
— Senhor Zara, isso aqui é sério. Se você continuar com essas piadas, vai ter que levar umas palmadinhas na cara.
Não sei até hoje se ele estava tentando ser sério ou debochado com essas palavras. Só sei que um sorriso escapou no canto da minha boca e eu murmurei desculpas nada sinceras. Os policiais já tinham saído do local e esperavam do lado de fora. As algemas ainda irritavam minha pele humana.
— Conte-me o que aconteceu detalhadamente.
— O qu te contaram sobre ontem?
— Eu faço as perguntas aqui — Assumo, eu sou abusado. Oras, eu não vou morrer, pra quê vou me preocupar? — O que aconteceu naquele hospital?
— Entrei nele por volta das seis e meia. A criança estava no berçário, dormindo como um querubim — Minha voz estava firme demais, estava parecendo um psicopata. E isso não era bom — Quando eu estava pronto para enviá-la de volta ao céu, a enfermeira chegou e bateu em mim com uma bandeja ou algo assim. Aí apareceram so seguranças, a polícia... e bem, estou aqui, olhando para você.
A história não foi bem assim. Eu não seria tão facilmente detido por uma enfermeira.
Quando cheguei no pequeno berço hospitalar, lá estava ela. "HARUME, Reiko", dizia a tornozeleira de identificação dela. Seus olhinhos estavam fechados, era uma coisa linda de se ver. Na minha terra ela era Belá, um anjo exibido e vaidoso que só estava na Terra para se gabar desse feito. Um dia ele foi meu amigo, confesso.
Voltando à Reiko, eu fiquei olhando aquele corpo frágil enchendo e esvaziando com a respiração e uma estranha comoção me invadiu. O tempo em que havia vivido com humanos até então tinha surtido um efeito negativo em mim: A criação de emoções. E aí, notei que emoções só servem para atrapalhar nossas missões.
Refleti tanto em frente à criança que a enfermeira notou minha presença no berçário e me atacou ao ver a adaga que eu tirava com lerdeza da minha cintura. Foi tudo tão rápido que nem tive coragem de reagir, poderia provocar mortes desnecessárias. Então, me deixei ser levado para a sala daquele delegado arrogantemente bobo.
De certo modo, ser humano é divertido.
— Sabe, Zara... — O delegado gordo e calvo arrumou seus óculos sobre o nariz e se ajeitou na cadeira pequena demais para suas adiposidades — Você não tem documentos, você nunca foi visto pelas redondezas... Você parece ter caído do céu.
(Na verdade...)
— O que eu quero saber é por que você queria matar a recém-nascida. Por quê, Zara? Por quê?
— Senhor, a recém-nascida é um anjo.
— Toda criancinha é um anjo, é o que dizem.
— Você não me entendeu.
O gordo franziu a sobrancelha como se dissesse "eu entendi, seu babaca". Só que a verdade sobre os fatos ia muito além do rostinho angelical de Reiko. Você sabe disso, claro.
— Ela é um anjo.
— Então, ela...
— Um anjo. Anjo — Repeti para dar ênfase. Apontei para o alto pra ver se ele entendia de fato, mas o delegado ainda estava matutando.
— Você quer dizer... que ela veio do céu?
— Sim.
Lembra do papo das emoções que eu falei? Então, naquele momento outra delas surgiu em desenvolvimento na minha psique — se é que tenho psique, alma ou coisas assim: A raiva.
O delegado olhou para mim em silêncio, depois desatou em uma risada intragável e rouca. Suas banhas pareciam obstruir as pregas vocais, era tosco de se ouvir. E ele ria olhando para mim, o que me deu uma vontade repentina de ter um rifle na cintura em vez da adaga.
Mas Ele me disse "sem mortes desnecessárias, Zara". Tudo bem, sem mortes. No entanto, teria que haver uma lição.
— E você é o quê, um caçador de anjos? — Ele perguntou, ainda entre as risadas defeituosas.
— Eu também vim do céu.
— Ah é? Então prove, anjo. Não estou vendo nenhuma asa atrás de você, nenhuma auréola em sua cabeça... você parece tão anjo quanto eu.
(Ah, teria que haver uma lição. Nem que fosse fazer uma redução do estômago dele com a minha adaga.)
— Eu não posso provar que sou um anjo — Levantei da cadeira, o que fez o delegado diminuir um pouco a risada — Mas posso provar que não sou como você.
— Espera um pouco — O gordo pegou um celular daqueles com rádio e chamou os policiais que estavam na porta. Eles entraram com aquele rosto nada amigável, bem diferente de alguém tomando sorvete no shopping — Olhem esse cara. Ele quer dar um showzinho pra gente.
Já era noite, todas as luzes da delegacia estavam acesas. Senti que aquela era a oportunidade para brincar um pouco com a sanidade das pessoas. Sei que Ele pediu para que eu mantivesse discrição, mas eu estava me tornando humano demais para ignorar a ingenuidade alheia.
Concentrei minhas forças na luzes. Todas as lâmpadas, televisores, monitores de computador. Senti cada fagulha de luminosidade em volta da minha própria energia. Eles começaram a oscilar, o que fez muita gente parar de fazer suas tarefas para dar aquela olhadela para o alto. E aí, suguei tudo. Essas luzes entraram pelos meus poros e circularam em minha volta, enquanto a delegacia ficava no breu. As risadas cessaram, o falatório cessou, a delegacia cessou naquele momento em que eu era o único ponto de luz do local. Um homem iridescente de quase um metro e oitenta.
O delegado à minha frente era só uma sombra apavorada. Provavelmente estava querendo chorar no colo da mamãe ao me ver lá, ao mesmo tempo algemado e com poder o bastante para explodir o prédio inteiro. Ele finalmente percebeu que era pequeno diante de mim. Estava tudo claro para ele agora.
(Pegou o trocadilho, né? Desculpe-me, é o convívio.)
— Eu sou pura energia. Eu posso ser o que eu quiser, e se você não acredita em mim — Olhei bem fundo nos olhos dele, irradiando o medo em suas retinas engorduradas — Não irá acreditar em mais nada.
Deixei as luzes saírem. Em poucos segundos, a oscilação voltou e aí tudo estava aceso de novo. Eu era só mais um no mundo, mas o delegado não estava mais no controle da situação.
— Vocês ainda têm muito a aprender — Eu dizia, sentindo uma desconfortável tristeza sobre mim. Abaixei os olhos e mirei o vácuo enquanto todos me olhavam pelas janelas gigantescas da delegacia — Eu não sou o único entre os humanos. Vocês veem o mundo como um espelho, veem dele o que querem ver. Mas a verdade... o que vocês deveriam ver... está do outro lado. Muito além de... algemas  Quebrei aquele ferro retorcido com um tranco feito por ambos os punhos, e desvaneci.
Começo a pensar que Deus não me mandou aqui para caçar anjos. Olhando meu novo cabelo ruivo em uma vitrine na rua — estava pensando em me tornar uma mulher por um tempo, pode ser interessante —, parece que a raça humana anda perdida demais, e precisa de algo para guiá-las. Uma religião, uma música, um vestido vermelho com vários bababos inúteis que estou vendo agora atrás da vitrine. Talvez eu esteja aqui para guiar, ou para me perder junto deles.
Volto à entrada o hospital, mas algo me diz para esquecer da pequena senhorita Harume, pelo menos por enquanto. Virei o rosto para os carros na avenida e saquei um cigarro do bolso — uma das coisas boas que estão na cartilha "Anjo vs. Humano: Vantagens e Desvantagens". A coisa ruim é que logo depois de fumá-lo eu tenho que trocar de roupa, o cheiro da nicotina, alcatrão e centenas de substâncias gruda no tecido que é uma beleza.
Enfim, chega de tergiversar. Encarei cada vida que passava em cada carro. Pensei para onde iam, de onde vinham. Seus futuros, seus passados. Olhei minha situação na Terra e concluí que não era tão diferente dessas pessoas nos carros. Todos estamos boiando no meio de um oceano cheio de conflitos e de emoções. Essa é a sina que todo ser vivente tem que carregar nas costas endurecidas pelo tempo: Não sabermos a missão, mas mesmo assim cumpri-la.
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Saudaaaaaaades do meu querido Zara ! :D
Gente, como estou fazendo as coisas na pressa aqui na lan house, se tiver algum erro de digitação comenta aqui, please. Eu arrumo, deleto o comentário e o mundo fica azul, okay?
Espero que tenham gostado, porque eu... putz, eu amei, hahahahaha
Tschüss!

(p.s.: Deu alguma coisa errada na formatação, o começo do texto tem menos espaçamento que o resto. Algum staff aí por favor arrume, se conseguir, porque eu não tive sucesso. Grato :D )

quinta-feira, 14 de julho de 2011

"Ele"



Algumas vezes reclamamos que não o temos
Em outras reclamamos que "ele" é demais
Outros reclamam que "ele" passa rápido
E existem os que reclamam que "ele" demora a passar


Alguns pedem que "ele" pare
Outros imploram para que "ele" volte
Existem os que pedem que "ele" voe
E tem as pessoas que não ligam muito pra "ele"

Seja você uma criança, um adulto ou um velho
Seja você uma pessoa saudável, doente ou ate mesmo morta
"Ele" sempre estará agindo
"Ele" fará você odiá-lo ou adora-lo

Com "ele" você pode ser esquecido,
Pode ser perdoado e ate mesmo amado.
"Ele" é o senhor do mundo
"Ele" é quem rege o universo

"Ele" é simplesmente o tempo
O tempo que enquanto escrevia passava
O tempo que não para e vai continuar passando
Tic Tac. Passa o tempo. O tempo passa


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Depois de tanto TEMPO estou aqui postando novamente. Escrevi esse poema sem rimas, o que não é meu estilo, mas o TEMPO me intrigou essa semana. Vou mostrar alguns fatos:

1° Amanha completo 20 anos de vida.
2° Estou e 3 meses e meio trabalhando na HP
3° Hoje estou fazendo 2 meses com a Andressa Artero
4° Já estamos no meio de Julho

O TEMPO passa rápido demais... Pelo menos para mim!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Random #04

A Loucura, sempre a Loucura.


"A sickened mind and spirit,
the mirror tells me lies.
[...]
Sanity now is beyond me,
there's no choice."
(Ozzy Osbourne - Diary of a Madman)


 "... E enfim? A loucura declarada, a torva e irônica loucura que nos tira a nossa alma e põe uma outra, que nos rebaixa... Enfim, a loucura declarada, a exaltação do eu, a mania de não sair, de se dizer perseguido, de imaginar como inimigos, os amigos, os melhores." (Lima Barreto)


Lembro de uma moça.
Não muito bela, mas nada feia.
Filha de um deputado, vivia uma vida plena. Trabalhava em um escritório de advocacia há quase dez anos. Morava em um apartamento, tinha um poodle toy. Estava solteira, mas tudo que queria em sua vida era um marido e um casal de filhos.
Ela também queria morrer dormindo.
É uma moça normal. Não tinha nenhum cacoete, não mentia sobre nada grave e se dava bem com todos no trabalho. Dava "oi" para quem estivesse no elevador de seu prédio, fazia academia só pelo condicionamento físico.
Hoje ela está no hospício. É uma moça normal demais.

(...)

Não pedi permissão para o @VictorFarias__ , mas mesmo assim continuei a saga Random. Quem é da velha guarda do #heavenswillburn se lembra dessas postagens da época que o projeto só tinha o Victor. E cá estava eu pensando a ideia boa que seria continuar essa estranha série. Espero que tenham gostado, principalmente do último texto, que é a única coisa original da postagem. (:
Tschüss!