domingo, 27 de fevereiro de 2011

Quando o coração guia a mão.

So why don't we joint the masquerade?
Poets of the fall.


Meia noite e vinte e dois talvez meia noite e vinte e três. O tempo nessa cidade é uma verdadeira incógnita, ele é tão mutável e imprevisível como os corações vazios dos seus habitantes. Chove aqui dentro.. O vento carrega às gotas frias para dentro dessa janela em um apartamento largado as traças... Eu consigo ver além do que os olhos normais conseguem.
Essas pessoas vivem através da imagem que as outras passam para elas, e acreditam cegamente como uma espécie de verdade absoluta. Mais ninguém para e pensa que você não é aquilo que você tenta passar para os outros, o que você é a maneira que você pensa são definidas por suas ações individuais. 

Ética aqui é uma palavra desconhecida, quando eu observo todo mundo caminhando para uma jornada seguindo a missão de satisfazer seus desejos ilimitados, quem hoje não quer a lâmpada do Aladim? E isso é um problema, digo buscar satisfazer seus desejos, realizar seus sonhos? Não é tudo uma graça a piada do século, a não ser quando alguém sangra por isso não é mesmo?Outra coisa que ninguém te contou, alguém sempre paga por suas ações, responsável ou não, honesta ou desonesta.

No equilíbrio desse “jogo da vida” sempre alguém vai perder quando você avança quatro casas. Chega, minhas filosofias e pensamentos acabam com as gotas dessa tempestade.. Existe uma hora da sua vida que você realmente cansa de falar “Eu te disse!” Você sente vontade de deixar tudo pegar fogo, só para assistir certas pessoas queimarem nesse grande incêndio de erros, mais não. 

Nunca desistir, nem se desesperar ..está na hora de eu ir a rua limpar sua bagunça! É aqui que a poesia acaba, peguei meu sobretudo o vento é tão frio quanto meu coração hoje.A falta de um sol amarelo e radiante faz tudo se tornar tão clichê, sim eu sou aquele homem que anda sozinho na direção contrária, eu deixo para trás um mundo de erros e sentimentos exagerados.Aqui é aonde eu estabeleço o limite! 

Você deveria fazer o mesmo!
01.01
Uma hora da manhã e um minuto, não sei por que as pessoas têm fé de que alguém está pensando exatamente nelas nesse exato momento, aqui nessas ruas pavimentadas com mentiras e tão frias quanto o inferno, duvido que alguém pensa em mim e se pensa também não é para o meu bem estar. Não existe mais padrão para a maldade, hoje eu vejo os piores bandidos de terno e gravata, porcos que só pensam no próprio umbigo  sua magnitude e vida gira em torno de seu beneficio próprio, seu jeito ilícito de poluir a vida das pessoas fazem os mortos vibrarem de raiva. Como eu sei disso?

Eu sei de muitas coisas que não gostaria de saber, mais já que sei é minha missão fazer algo com esse conhecimento. O cheiro da chuva que passou é misturado com o mormaço da opressão diária incentivando um ambiente hostil, ou aqui não seguimos a lei da nossa selva também? Você vive padronizado, e ambientando na sua zona de conforto, o mormaço te força a sair dela, a enfrentar as coisas com suas próprias mãos! 

Mais nunca é assim, nunca foi e nunca será, as crianças da noite brincam suando seu hedonismo exagerado e inconseqüente. Todo esse suor irá escorrer para um lugar entupido com lixo humano, e quanto todas as valas começarem a transbordar seu sangue estará marcado, os corruptos e desonestos acompanhados por suas putas de luxos irão implorar por perdão e salvação 

e eu irei sussurrar: Não

Sei que ainda não fomos apresentados ainda, me chamam de “Andarilho do Asfalto” ou só Andarilho, e eu estou em todos os lugares! Não não sou um herói e também não tenho poderes, não posso me transformar em nada. Mas eu sei  de que todas essas coisas que te tornam interessantes, começar uma revolução é a melhor delas!

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Boa madruga e abraços. 

@der_werwolf

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O herói do dia



Conto inspirado em: Metallica – Hero of The Day (letra)

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Já passava das… duas… ou três

Eu não fazia questão de saber as horas. Há muito tempo não sabia o que era ter uma rotina, e estava bem daquele jeito.

Desci à cozinha, peguei uma garrafa de cerveja, abri-a com certa dificuldade e comecei a andar pela casa dando breves goles. Afinal, não tinha nada para fazer no dia que estava para raiar, ou no dia de amanhã… ou em qualquer outro dia. Não é maravilhoso? Não ter nada com o que se preocupar, ter todo o tempo do mundo para reorganizar toda a sua cabeça… É um dos melhores sentimentos do mundo.


Até que vejo aquela janela. Ah, aquela janela com a luz acesa em plena madrugada. Aquela luz amarelada colorindo a ruela azulada e sem vida. Tive que desviar logo meu olhar para qualquer outra coisa. Achei um porta-retratos.
Segurei-o, passando meu polegar na parte da foto onde minha mãe estava. Sorridente, abraçada com meu padrasto e comigo. Eu, usando aparelho e com um cabelo horrível, mostrando aquele monte de ferro e borracha na boca como se tudo fosse bom e colorido.

— Mãe… ele tentou e… acabou comigo.

Coloquei o porta-retratos de volta no lugar de origem e voltei a perambular pelos cômodos silenciosos da minha casa. A luz vinda da janela continuava a me perturbar. A garrafa de cerveja começou a tremer junto à minha mão. Eu tinha logo que fazer alguma coisa.
Resolvi dar um último gole para acabar com toda a cerveja. Saí correndo para a garagem, onde peguei um galão repleto de gasolina. Com muita falta de coordenação, comecei a encher a garrafa com o combustível.
Aquele era o pior sentimento do mundo. Eu não era mais nada, minha vida era um grande quadro de natureza morta pintado em tons de cinza. Não sabia mais o que era amor, o que era afeto. Muito menos o que era ter um emprego, uma família… ter um dia que valesse a pena viver.
E você já deve ter imaginado qual o motivo. É, mulher. Aquela história de sempre, ela me trocou por outro.

(Da janela começaram a sair gritos. Eram tão sonoros que mesmo na garagem, com o barulho da gasolina caindo dentro e fora da garrafa, eu conseguia ouvir claramente.)

O grande problema é que o outro não era melhor do que eu. Ao contrário, ele era muito pior do que esse resto de homem que sou. Simplesmente porque ele me fez ser esse resto. Não por roubar a mulher da minha vida, mas por me roubar tudo.
Eu poderia até dizer o nome dele se ele não trocasse de identidade como troca de roupa. Um exímio enganador. E mestre na arte de acabar com a vida dos outros.
Não é culpa minha que agora sou um alcoólatra que só sabe beber, fumar e cheirar cocaína e assistir programas idiotas na televisão deitado em um colchão encardido jogado no meio da sala. Muito menos culpa minha ter que ficar satisfeito transando com adolescentes sem rumo tão viciadas quanto eu. É só uma questão de não conseguir mover um palmo para arrumar minha vida com medo de que tudo acabe. De novo.
Tudo o que ele me fez volta, parece que está acontecendo agora. E de fato está. Minha vida continua sendo uma sobrevida.
Peguei um pano velho, voltei à cozinha, encharquei-o com óleo e o posicionei na boca da garrafa com gasolina. O isqueiro já estava no meu bolso – acho que ele esteve lá desde que Janice cuspiu no meu rosto e disse que nosso filho era só dela.
Saí na rua, a janela ainda estava aberta e irradiando a luz amarela. Os gritos continuavam. Esperei. Sentei no meio da rua deserta, esperando alguém aparecer. E apareceu.
Janice foi à varanda, gritando por socorro. Olhou para mim, mas não tive tempo de explicar nada. Na verdade, não pude me dar a esse tempo.
O isqueiro foi parar na minha mão, e ele acendeu o pano.


Não me dei ao tempo de explicar para Janice que eu não tinha estuprado sua irmã, que eu não estava planejando fugir com outra mulher para alguma cidade dos Estados Unidos, que eu não desviei aqueles milhões da empresa onde eu trabalhava, que eu não era aquilo que ela pensava, que o culpado era aquele idiota que maltratava ela quase todo dia só por diversão, que eu estava na casa à frente da dela desde que havia perdido a razão de viver só para vê-la sofrer nas mãos dele.
Isso é o que dá ter um buraco vazio no lugar do coração.
Quando me dei conta, já estava tudo pegando fogo. Os gritos continuavam, o tempo quase parava. A lâmpada do quarto estourou, e depois daquele dia eu tinha certeza que nunca compraria uma casa de madeira.
Eu já estava correndo para dentro de casa quando me lembrei do meu filho. John Michael. Não conseguia ouvir meu bebê chorando. Talvez porque ele não seja meu. Não mais.
A janela continuava a queimar, e eu só queria me esconder. Me esconder de mim mesmo, até que um novo dia raiasse. Não sabia se eu ainda era totalmente eu. Não conseguia mais lembrar meu nome.
Rastejei para trás do sofá da minha sala, segurei nele com todas as forças que ainda me restavam e esperei. Todo aquele pesadelo poderia acabar depois do raiar do sol. Mas, lá no fundo, eu sabia que não iria. Eu estava perdido, precisava procurar por um herói. Um herói que pudesse salvar a minha vida. Porque a vida de Janice e de John já estavam perdidas.
Eu ainda tinha salvação. Eu ainda estava vivo.
Até olhar para o lado e ver o porta-retratos jogado no chão. “Provavelmente eu tropecei em todas as mobílias da casa no desespero”, logo pensei. Peguei-o de novo. Acariciei minha mãe. Ela, que também me abandonou depois de também ser enganada pelo outro homem.

— Mãe… ele ainda tenta… e acaba comigo.

Tudo ainda está acontecendo agora. Tudo é real.
Será que ainda existe um herói? Será que ainda existe essa salvação?
Será que um dia vou conseguir ouvir meu bebê chorar?

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Saudações, Nave Big Brother. -q
Esse é um texto que retirei do meu longínquo blog Clube da Fruta. Hoje não pude trazê-los um texto inédito pois a ida à Cidade Universitária consumiu minha manhã inteira. Rabisquei o caderno no ônibus, mas o que escrevi ainda não está completo.
Prometo que as soon as possible colocarei um novo texto para vocês, leitores fiéis.
E nunca se esqueçam dos banners do HWB e da tag #heavenswillburn para divulgar nossos devaneios, okay?


Abraços efusivos, e gute nacht*!


@mrpitanga
* Boa noite, em alemão.

Random #03

Esse Random especial homenageando:
Lord Byron!

Comer,beber e amar... O resto não vale um níquel.

Sentira, à frase tão doce,
Exultar-me o coração,
Se a nossa existência fosse
De perpétua duração.
Tu Me Chamas-Lord Byron

Ela caminha em formosura

Ela caminha em formosura, noite que anda
num céu sem nuvens e de estrelas palpitante,
e o que há de bom em treva ou resplendor
se encontra em seu olhar e em seu semblante:
ela amadureceu à luz tão branda
que o Céu denega ao dia em seu fulgor.
 
Uma sombra de mais, em raio que faltasse,
teriam diminuído a graça indefinível
que em suas tranças cor de corvo ondeia
ou meigamente lhe ilumina a face:
e nesse rosto mostra, qualquer doce idéia,
como é puro seu lar, como é aprazível.
 
Nessas feições tão cheias de serenidade,
nesses traços tão calmos e eloqüentes,
o sorriso que vence e a tez que se enrubesce
dizem apenas de um passado de bondade:
de uma alma cuja paz com todos transparece,
de um coração de amores inocentes.
 
 Lord Byron 
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Ae pessoal espero que tenham gostado do post, ainda hoje eu vou escrever algo novo aqui! ^^
Por enquanto fiquem com o blog do meu Brother:  http://osgalinaceos.blogspot.com/  (Quem quer dar risada é muito bom, recomendo! Quem gostou comenta também!)
E tem mais um recado só que como eu sofri um acidente e agora to com memória de 5 minutos fica dificil .. Lembrei: Banners do #heavenswillburn .. Quem quiser colocar no orkut, qualquer rede social para divulgar quem gosta do trabalho eu e o @mrpitanga Agradecemos !
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Boa noite, e abraços!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A poesia de Adelaide





“A cada dia que passa, eu penso mais no nosso futuro.
Ia ser tão mara ficar do seu lado pra sempre, tipo, ia ser perfeito!
Ter a nossa própria casa, ter nossos trabalhos e nossos filhos.”

Já é a quinta vez que releio as cartas de Adelaide. Só hoje.
Faltam poucas horas para minha festa de aniversário, e não estou com vontade alguma de comemorar meu meio século de vida. Só consigo ver como recompensa do tempo passado essas rugas proeminentes ao redor dos olhos e na testa, além dos fios brancos que se escondem no meu cabelo e, claro, as folhas rabiscadas que Adelaide me escreveu na adolescência.


Quem não sente falta de um pouco de amor, não é mesmo?

Aos cinquenta anos começa a ficar inviável a vida boêmia, mesmo que garotas lindas de vinte anos ainda corram atrás de mim. Existe um momento na vida em que toda pessoa precisa sossegar o facho, casar e dormir antes da meia-noite todo dia. Sempre gostei dessa ideia, traz conforto e um sorriso bobo no rosto. Mas fica difícil cumprir tal tarefa sendo uma celebridade internacional cobiçada por qualquer máquina fotográfica ligada em um aeroporto.
Consegui encostar na terceira idade com uma vida digna de biografia, com muitos altos e baixos na minha vida pessoal e na de vocalista de banda de rock. Conheci lugares e pessoas inimagináveis, passei por situações incríveis, visitei quase cem países... a vida que qualquer um pediria a Deus. Faço dinheiro, tenho mulheres e viajo pelo mundo inteiro fazendo o que gosto. Mas hoje... bem, hoje nada disso está tendo importância. Nem as roupas caras, nem os Grammys, nem as fotos com Slash e Mike Patton...
Hoje penso se eu trocaria essa vida abençoada por uma vida mais módica ao lado da Adelaide. Dois anos de namoro que jogamos no lixo por causa de nossas ambições profissionais: Eu, que tinha uma mini-turnê pelo Centro-Sul do Brasil e ficaria dois meses tocando com o Portobello Club; ela, que ficaria seis meses estudando na Inglaterra para ser professora. Depois do longo beijo que demos no aeroporto, no dia de sua partida, nunca mais senti a maciez de seus lábios, o frescor de seu perfume e toda a poesia que se articulava na minha mente só de admirá-la.
Durante esses trinta e muitos anos só consegui ter acesso ao básico sobre a vida dela: Casou com um empresário escocês; ambos fundaram a ZooSisters, a ONG de proteção aos animais de rua que a Adelaide tanto queria fundar; é professora de História Inglesa na USP; tem uma filha que chama Luciana. Ela também deve saber do básico sobre mim pelos tablóides: Meus devaneios e noites com atrizes, minhas constantes mudanças de cor do cabelo e de vestuário... mas ela não deve saber que a música mais premiada do Portobello Club, “Tomorrow”, foi inspirada nela. Ela também não deve saber que nossa primeira foto juntos está em um modesto porta-retratos no criado-mudo do lado da minha cama. Queria que soubesse.
Eu poderia me aproximar dela muito facilmente, fazendo uma doação exageradamente grande para o ZooSisters e direcionando os holofotes para mim e para a fundadora da ONG. Poderia ainda revelar o segredo sobre “Tomorrow” e tantas outras canções inspiradas em seus olhos negros e seu modo de andar.
Poderia. Mas é melhor não.
Nós dois atingimos cinquenta anos, não temos mais idade para amores de adolescente.

Bip.

Ouço um barulho familiar. Largo as cartas de Adelaide, guardo-as no saquinho dourado onde ficam desde meus dezessete anos e...

Bip.

Sento na cama e pego o notebook. “Um novo e-mail”, ele acusa. Clico no balãozinho. De duas uma: Fãs ou gravadora. Os caras da banda sempre falam comigo por telefone.
O e-mail não tem título, mas foi mandado por um tal de “adelaide@zoosisters”... “.com”...

“50 anos, Rodrigo.

Isso é tudo o que eu sei agora. Depois de tanto tempo, me limitei a saber sua idade.
Eu não quero ser melosa — afinal, não nos falamos há tempo demais —, mas essa é provavelmente a última carta que escreverei para você, e eu precisava escrevê-la. Ficamos acreditando que nos encontraríamos em um futuro distante para termos uma família juntos, só que a vida foi malvada com a gente. Deveríamos ter criado nosso acaso e não esperá-lo agir. Mas tudo bem, acho que estamos felizes com a vida que levamos hoje em dia, né? (por favor, diz que sim)

Sabe, você foi uma das melhores pessoas que conheci na vida. Nunca pensei que iria conhecer alguém que tivesse coragem de gostar de mim antes de me conhecer direito. As pessoas sempre têm tantas dúvidas sobre qualquer um, mas você...
Você nunca duvidou de mim. Nem de nós.
Enfim, só mandei esse e-mail para te desejar muita paz, saúde, amor e sucesso com o Portobello Club. Você já tem tudo isso, é só manter esse pique. E queria que você continuasse sem duvidar de nós, pois você deve saber que ainda te amo. “E isso deve ser o suficiente pra te encontrar em qualquer lugar, mesmo que seja em outra vida.” (e é bom que você lembre desse trecho de uma das minhas cartas, senão te mato)
Então... até a próxima encarnação.

Beijos,
Adelaide Carvalho.”

Pego o celular. Digito o número da agência que promoverá o “evento” que será a comemoração dos meus cinquenta anos.

— Oi, vocês podem incluir mais um nome na lista? ... É... Adelaide Carvalho Sykes... Tudo bem... Vocês podem mandar o e-mail convidando? ... Okay, muito obrigado.

Aperto o botão vermelho, seco os olhos umedecidos com a manga de minha camiseta e me sinto com quinze anos de novo. Acendo uma vela e rezo para todos os santos possíveis para que ela possa vir na minha festa. Mesmo se não vier, tudo bem, afinal sei que um dia estarei junto com ela.
Mesmo assim, desculpe-me, “próxima encarnação”, mas eu quero a poesia de Adelaide mais uma vez nessa vida.
Pelo menos mais uma vez.




- Posfácio -

Eu sei que, para quem conhece um pouco sobre minha vida, esse conto é pessoal demais e não deveria ter sido escrito. Mas senti que tinha que escrevê-lo, afinal já se passaram duas semanas comigo sonhando com a pessoa que me inspirou a fazer “A poesia de Adelaide” e, para mim, isso acabou sendo um sinal para redigir o conto. Pode ser só uma engrenagem solta no meu inconsciente, mas isso não me impediu de vasculhar as cartas que ela me escrever ao longo dos nossos onze meses e meio de namoro para me inspirar.
Entretanto, pelo menos “A poesia” tem um final feliz. Não fica claro se Adelaide vai à festa — talvez eu faça uma continuação -, mas o coração dela e o de Rodrigo terminaram em paz.
Queria que todas as histórias tivessem finais assim.

Felizes.
@mrpitanga

Lua Âmbar: O Caçador


Vida consumindo vidas para continuar vivendo.
Acaba para um, continua para todos.
A cobra morde sua cauda.
O ciclo reinicia ...

XIII


Como é a sensação? Tenho escutado isso o tempo inteiro desde que eu destronei o Imperador. Meu plano era perfeito, é mais com certos obstáculos ai nada deu certo. O filho do Imperador em que eu confiava quer minha cabeça em uma bandeja, por ser uma questão de honra capturar o assassino do seu próprio pai. Enfim ele fingia se importar e colocou um esquadrão atrás de mim. Desde então o império tornou-se “limpo” os cidadãos não eram mais explorados por altas taxas e nem por tributos inúteis a falsos deuses. A gestão do império estava chegando à perfeição, só que eu servi de mártir pra tudo isso acontecer.

Tudo foi tão rápido em um momento súbito eu possuía sangue de um nobre em minhas mãos, enquanto meu próprio peito era dilacerado. Tudo depois disso foi como uma memória passageira, o meu dragão guia “Huanglong” me tirou da sala que logo mais estaria lotada de soldados, me levando a uma espécie de caverna um local estranho com muitas velas acesas e incensos, o chão reluzia em ouro. A minha sensação era de não possuir mais um corpo físico, Huanglong me deu parte de sua energia vital com uma missão:

“Nobres e honrados guerreiros não morrem, eles vivem para sempre para lutar por uma causa maior que a deles e você Nezha, vai lutar por Gaia e defende-la e para isso seus ossos se tornarão tão fortes quanto as minhas escamas, que seu punho tenha a força de mil Raios e que seja tão astuto e rápido quanto os quatro ventos sendo assim em um lugar especial parte de minha força irá fluir em ti!”

Foi quando Huanglong tocou meu peito, e depois disso um enorme clarão azul e então a surpresa estava eu em uma casa abandonada dentro do Império, estava envolvido por um manto só que sentia que minha armadura e a espada estavam comigo. Algo me chamou para olhar pela janela eram dois humanos, ou algo parecido. Seus olhos brilhavam com uma escuridão intensa, esfreguei os olhos para ver se tudo estava certo, observei que na cabeça de um, existia um par de chifres.

Despertou em mim um desejo sobrenatural de destruir ambos, um frenesi tomou conta do meu corpo. Pulei da janela com a minha espada erguida, passando a lamina saliente ao pescoço de um dos monstros. Ele caiu como uma sombra observei o corpo no chão rapidamente sem baixar a guarda enquanto apontava a espada no peito do outro demônio encurralando tentei retirar algumas informações dele, mas só escutei uma palavra com clareza: “Bem vindo ao mundo das trevas Dragão” Antes da espada dividir ele ao meio.

Depois disso tudo se tornou o inferno, eu percebi que o Império estava repleto de várias criaturas abissais. E foi ai que eu comecei a enfrentar meu maior dilema: Os humanos são fracos e são possuídos por uma diversa gama de males, quando eu os destruo eles voltam a ser os mesmos homens que sempre rezaram, eu virei um assassino de homens na visão dos cidadãos e um Caçador de monstros em minha própria visão.

Mas isso não me chateava era minha missão aqui era o propósito da minha existência. Filosofias a parte, isso não importa com tanto trabalho o mundo pode esperar um pouco. A grande Lua brilhava novamente no céu estrelado, e eu estava lá aproveitando alguns momentos de paz  nos campos verdejantes.

•••
Tudo estava abafado, mesmo ao ar puro me fazia sentir claustrofóbico, aprisionado algo tentava sair da prisão, um animal cruel e selvagem. A prévia do alto firmamento da Lua já causava o distúrbio na personalidade, o estado de ira era constante, eu era a fúria de Gaia mas ainda era o antigo “Onatah”.Gritos de ódio, Uivo de vingança. 

Depois que eu deixei minha aldeia eu comecei a vagar por todos os cantos para realizar a vontade de Gaia e em dias de transformação eu não costumava ficar perto de aldeias ou outras vilas. Faltava algumas horas para a Lua cheia, então eu corri o mais rápido possível, o bom de tudo era que eu possuía uma velocidade formidável. Eu estava cansado de acordar com o gosto de sangue na boca, e com o corpo todo manchado e ver a pilha de corpos sobre meu rastro de destruição. 

Estava cada vez mais difícil conter a besta, comecei a me debater, o chamado selvagem estava presente, sentia o vento anunciar a transformação. Não conseguia conter a força em minhas mãos, desferindo socos e chutes. A fúria iniciava-se minha pele desgrudava do meu corpo, que sofria mutações alterando seu tamanho e estrutura quando a dor passou e tudo parecia mais calmo, eu ainda estava lá só que não mais no comando. 

Eu conseguia sentir a origem do mal, tudo apontava para o norte e foi para aonde o homem lobo dirigiu-se. O uivo inicial, para colocar medo nos corações frágeis dos inimigos anunciando a chegada do seu algoz. Fui parar em um campo verdejante sentia uma enorme energia no local, porém não conseguia distinguir se era boa ou má. 

O vento trazia uma sensação nostálgica, o cheiro lembrava um réptil mas ao mesmo tempo algo superior a uma besta, foi quando todos os meus sentidos foram atraídos a um ponto uma pequena elevação, existia um homem acompanhado por uma espada e uma armadura, a energia emanava daquele ser! Ele era o que estava causando desequilíbrio em Gaia e era ele que seria minha caça hoje! Até que escuto aquele ser dizer:

“Ora ora, eu já vi alguns com presas, outros temiam aos homens lobo do Oeste, mas não é que a lenda é realmente real!? Prepare-se para sucumbir a minha espada, eu sou a justiça e você Besta não sairá daqui com vida!”

Ele empunhou a espada em minha direção e estava em posição de ataque. A ira fluía em minhas veias e um dom que gaia me deu foi ativado, o ambiente tornou-se gélido, meus músculos tornaram-se ainda mais fortes e minhas garras afiadas como o aço. Olhei uma ultima vez para a lua alta no firmamento, uivei para invocar os antigos espíritos da proteção, enquanto um corria em direção ao outro. O festival de sangue começava!

Aê nova série aqui no blog õ/ espero que todo mundo aqui goste do cross over que eu fiz -Q Abraços a todos ;*


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O pacifista





“Mas as pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus próprios maus desejos. Então esses desejos fazem com que o pecado nasça, e o pecado, quando já está maduro, produz a morte.” (Carta de Tiago, 1. 14-15)


— Como ela era?
— Loira, alta, linda... parecia de Curitiba ou de Floripa.
— Pode me dar mais detalhes?
— O cabelo dela é cacheado e longo... os olhos são verdes e... e... bah, ela é perfeita.
— Perfeita?
Tive que me retirar depois daquele idiota dizer uma coisa daquelas. Uma mulher que amaldiçoa a vida de qualquer um que vá para a cama com ela está bem longe de ser perfeita. O próprio homem com quem falava — Raimundo, que comeu a loiraça há menos de uma semana — está cego de um olho e com  a pele coberta de feridas que não cicatrizam.
Antes dela, sua visão era perfeita.
Essa “mulher perfeita” é quem procuro desde que desci às ruas do centro de São Paulo. De fato, ela é um anjo de pessoa. O problema é que ela é um anjo. Um anjo que cansou da vida monástica de cordeiro de Deus e resolveu se entregar às noites paulistanas. Com a beleza estonteante que resolveu ter, entra em rodas de amigos sem dificuldade alguma, e sempre sai delas acompanhada por alguém, sem distinção de cor, sexo ou credo.
Ninguém sabe o nome dela.
Só eu sei.


O horário mais confortável para encontrá-la seria à noite, então tentei sondar todas as boates e barzinhos possíveis durante a tarde, o que me tirou muito dinheiro, mas foi extremamente agradável. Às vezes até entendo o lado dela de querer fugir do céu: A Terra é infinitamente mais divertida, com tantas pessoas diferentes, mas seguras de sua identidade... Depois desses favores, pedirei a Deus um Vale-Terra, só para curtir uma rave ou algo assim.
— Posso me sentar contigo, gato?
Imerso nesses pensamentos, nem notei a aproximação de um homem. Ele provavelmente queira me levar pra cama, mas eu estava tão preocupado com o ano fugitivo que respondi positivamente à pergunta dele. Em outras ocasiões nem responderia.
— Qual seu nome?
— Zara.
— Zara? Que nome... diferente. Bonito, mas diferente. Prazer, Samuel.
Apertamos as mãos e olhei no seu sorriso pseudo-sedutor. Eu não queria cortar o barato do mulato de moicano dando um fora, ele ainda poderia ser útil. Parecia ser familiar ao bar onde eu estava.
— O que um homem lindo como você tá fazendo sozinho nesse balcão de bar?
— Procuro por uma mulher. Você é dessas bandas aqui?
— De quinta a domingo, sim. Quem você quer?
— Uma loira de um metro e oitenta, de olho verde...
— Peitudona?
— Sim.
— Uma que tá sempre de branco?
Sim!
— Um amigo meu já transou com ela. Faz umas semanas aí...
— Teria como eu falar com ele?
— Só se você for o Chico Xavier, meu bem. Ele morreu domingo passado. Pegou uma febre que deixou ele de cama logo depois dessa loira aí.
(Maldita. Esses homens e mulheres não merecem pagar pelo seu pecado.)
— Mas você sabe onde eu posso encontrá-la?
— Hoje ela deve ficar aqui pela Augusta mesmo. Todo sábado ela vem, desde o começo do ano.
— Hum... está bem, obrigado.
— Tá, agora fala sobre a sua vida, gato.


Samuel se revelou um gay muito respeitoso. Percebeu que eu não comia da fruta dele em pouco tempo de conversa, e assim parou de me chamar de “gato”. Quando eu tiver meu Vale-Terra procurarei por ele. Dialogar com ele faz as horas se dissiparem sem muito esforço. Bem diferente do quieto Samuel que conheço há tempos.
Era nove e meia da noite quando o mulato teve de ir, era barman em uma boate. Comecei a andar pelas calçadas que estavam ficando cada vez mais lotadas, tentando achar o mulherão loiro no meio da multidão. Não parecia uma tarefa difícil, mas quando a Rua Augusta foi invadida em peso pela variada fauna paulistana notei que precisaria de uma força incrível do acaso para achá-la.
(Não que eu acredite no acaso, mas não quero ficar usando o nome de Deus em vão.)
Gente de cabelos de todas as formas, cores e tamanhos perambulavam segurando toda bebida alcoólica disponível no mercado, movidos a tropeços e zigue-zagues das pernas bambas. Não posso negar a diversão que era ver isso. Mas eu tinha um trabalho a fazer.
Entrei em uma boate aleatrória. A batida ensurdecedora da música fazia meus tímpanos se comportarem como máquinas de lavar roupa. À minha frente só conseguia ver luzes estroboscópicas me confundindo como punhados de estrelas cadentes sob meus olhos.
O inferno deve ser parecido com isso.
— O gato tá sozinho?
(“Gato” de novo? Preciso de um rosto menos atraente.)
Uma voz sussurrou nos meus tímpanos headbangers. Era um silvo dócil e que eriçaria o prazer de qualquer pessoa. Só que eu não sou uma pessoa, que pena.
— Esmirna.
— Hã?
— É o seu nome, não é?
— Zara?
Valeu, acaso.
— Com certeza. A festa acabou, hora de ir pra casa.
Quando terminei a frase, ela largou meus quadris, afastou a boca do meu ouvido e ficou lá, paralisada. Virei para ver os olhos hipnotizantes de Esmirna, agora sem vida e — com certeza — sem fé.
— Você é um anjo menor, você... você não pode me levar.
Só que ela sabia que eu podia.
Enquanto ela repetia “não pode” com a voz trêmula, dava singelos passos para trás até sair correndo para a porta da boate. Esmirna correu como nunca havia feito e se chafurdou sentada em uma viela onde estavam duas mulheres se beijando que pouco se interessaram com o anjo a poucos passos delas.
Tinha pena dela. Tanto tempo sem ser um anjo a fez esquecer que ela podia simplesmente desvanecer em vez de usar suas pernas virgens de corridas.
Eu não esqueci.
Surgi na frente dela, já ajoelhado. Agarrei seus braços, pressionei Esmirna na parede e fiquei observando o anjo desesperado, o anjo arfante, o anjo que já nem sabia o que era ser um anjo.
— Dois anos matando homens e mulheres que só queriam uma noite de farra é demais, Esmirna.
— Me deixa aqui!
— Pra quê? Pra infectar mais pessoas com o seu pecado? Eles não estão fazendo mais do que seus instintos permitem. — Eu via o anjo chorar, pedindo perdão mas ao mesmo tempo com uma expressão que indicava que faria tudo de novo se pudesse. Como um anjo pode se tornar... isso? (Pergunte a Lúcifer) — O Diabo sempre foi mais forte que você.
— Eu sou uma anja menor, Deus nem se importa comigo.Até você é mais respeitado do que eu.
— Claro, você se comporta como uma débil mental!
Agarrei o pescoço dela, procurei uma adaga na minha cintura e a encostei na jugular branca de Esmirna. Ela estava com medo da morte, imaginem só. Trocara a vida eterna por menos de um século de vida material.
— Espera — Ela dizia em um tom choroso — Posso fazer uma... uma última pergunta?
— Seja rápida.
— Por que você e não Miguel, ou Gabriel, ou até o João?
— Só eu aceitei fazer esse trabalho sujo de descer à Terra. Eles estão muito ocupados se vangloriando de suas vitórias. É só isso?
— Só.
Em poucos segundos, o pescoço rasgado de Esmirna havia sumido junto de seu corpo em plumas brancas pelo céu pouco estrelado de São Paulo. Já não havia mais sangue na adaga, e o casal lésbico voltou a se beijar depois de assistir à insólita cena.
Saí da viela pensando que Esmirna não faria mais falta no ecossistema da Augusta; saí de São Paulo concluindo que ninguém faz falta. Nessa terra de ninguém, o que interessa é a alegria, a bebedeira e a luxúria anônima. Acho que nem Samuel se lembrará de mim em poucas semanas. Talvez seja melhor assim.
E pensar que Esmirna disse que Deus não se importa com ela. Fora tão influenciada pelo anonimato festivo das boates que esquecer que para Deus todos têm um nome e uma história.
O meu nome é Zara.
A minha história você ainda vai conhecer.


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Aqui é o @mrpitanga falando, desejando uma frutífera carreira no Heavens will burn pra mim. Uma boa noite para todos (:

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Random #02

Continuando a série Random, com coisas que eu achei legal colocar aqui:

“Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo.”
(Liev Tolstói)

“A nossa fé nos outros revela aquilo que desejaríamos crer em nós mesmos. O nosso desejo de um amigo é o nosso delator.”
(Friedrich Nietzsche)

“E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.”
(Friedrich Nietzsche)


Não existe o bom ou o mau; é o pensamento que os faz assim.
O mundo inteiro é um palco,  e todos os homens e todas as mulheres são apenas actores.
(William Shakespeare)



Agradecimentos: http://felipebarata.blogspot.com/ (Muito bom recomendo)

Diversão?No Tumblr do meu brother é garantida õ/: http://entraaeman.tumblr.com/

Boa noite e Boa semana pra todo mundo õ/

Cérebro Aposentado


Excuse me while I tend to how I feel
These things returns to me that still seem real
Now deservingly this easy chair
But the rocking stopped by wheels of despair
 Metallica- Hero of the day 

“Há algum tempo atrás existia um lutador, ele era considerado um monstro, pois quando subia no ringue para o combate não ia para perder. Seus socos eram rápidos e formidáveis, sua postura impecável. O Boxe ardia em seu coração atingindo uma camada mais profunda do seu ser, sua própria alma viva para derrubar o oponente. Com punhos flamejantes cada golpe tornava-se uma espécie de arma fatal, ele foi treinado para isso, além de tudo nasceu para isso. Atingir o status de lenda foi fácil, mais ambição o levou a um novo nível de status “Imortal” Ele marcou tanto o mundo do Boxe que seu nome foi gravado para todos os séculos pessoas se inspirarem nele”.

Até que o mesmo após um surto decide se aposentar, já que não existia ninguém de sua geração para derrotá-lo ele foi tido como o campeão dos campeões, belo título. Mas ninguém sabia o que se escondia atrás de um coração tomado pela sombra da dúvida, existia uma falha fatal que fez o homem parar de lutar. Antes de um homem partir para uma luta ele deve derrotar ele mesmo, destruir seu ego e todos seus demônios interiores. E foi assim que o campeão dos campeões afundou-se no esquecimento vivendo como um homem mais que normal. Que campeão se deixaria derrotar por uma profunda depressão? Foi tudo uma grande piada, seus produtos não vendiam mais nada daquela podre loja de auto-aperfeiçoamento rendia as coisas agora eram frias e cruéis fora do brilho e flashes estonteantes das câmeras.

Só quando você vira um fracasso total, atolado em dívidas, você aprende a dar valor em pequenas coisas, cada simples vitória seria como ter derrotado Golias. E então você aprende que desde pequenos fomos condicionados a pensar e agir como Vencedores, sendo que só temos valor ao olhar alheio sendo vencedores. Aliás, Vencer o que? É um jogo tudo isso?Viramos máquinas que executam o que fazemos de melhor. “No que você é bom?”. Tenho certeza de que já escutou essa pergunta.

Somente quando eu me vi longe de tudo e perdido em lugar nenhum eu dei valor a cada refeição a cada respiração! Em um mundo cada vez mais automatizado e cada vez mais condicionado ao divertimento dos próprios prazeres humanos em função da dominação é perfeito e bom demais pra mim.

O caos se inicia quando algo foge dos padrões do sistema, e você se sente perdido e depressivo o que na verdade é a sua salvação, pois você abriu os olhos para ver a realidade imunda do jeito que ela é!E quando você vê que essa perfeição é perfeita demais você busca a salvação de outro modo, deixando de existir!

“Se esse mundo foi criado à imagem da perfeição, esta deixou de existir quando o pensamento humano foi condicionado à ganância dos poucos.”



 
O ultimo registro do “Campeão dos Campeões”, encontrado baleado em seu apartamento, com a arma em mãos.  

“Aprenda a viver, descanse quando morrer. Tudo que você precisa está dentro de você”
Tyler Durden