As coisas se desgastam levemente
como a brisa de manhãs que já se foram
Ou as pedras, que no fundo viraram areia
ou os corpos que por dentro já vão podres
de tantas desesperanças e esperar em vão.
As casas em que morávamos ruíram,
as camas em que dormíamos caíram,
e os amores aos quais nos demos se foram.
O que sobre após o Nada, que se acomodou,
tomou-nos pelas mãos, levando-nos aos seus aposentos?
De lá fez nossa morada, sem nada nos questionar.
Quem diria que de tantos momentos felizes,
carinhos aprazíveis, vozes incríveis,
xingamentos cabíceis, corpos apalpáveis,
depois de tudo isso, viesse o Vazio.
O Nada.
De Nada em Nada, fui me preenchendo,
Perfazendo minha tarefa de inexistir.
muito lindo! parabéns =)
ResponderExcluir