sábado, 9 de abril de 2011

Perdão


Te perdôo, pois na vida,
Que para mim é tão sofrida
Não soube me amar como amei.

Te perdôo, pois nada sei,
E na sua tão breve acolhida
Acabei me entregando, eu pensei

Que se houvesse uma dúvida,
Ela logo passaria, me joguei
Sem medo de tê-la arrependida.

Mas o que eu nunca imaginei
É que fosse assim tão bandida,
Nessa arte, uma fora-da-lei.

Que pudesse ser tão aguçada.
E que tanto jogasse, me espantei.
E encontrar a casa abandonada,

Foi ruim para mim, só fiquei.
Me vi longe de minha amada
E agora admito, eu me entreguei,

À bebida, ao vicío a noite toda,
Só eu sei tudo o que amargurei
Vi o resto de nós virar nada.

Mas percebo que não vencerei,
No fim, te deixei aborrecida
Com toda bobagem. Me deixei.

Com forte inspiração na música "Mil perdões" , de Chico Buarque

Nenhum comentário:

Postar um comentário