Te perdôo, pois na vida,
Que para mim é tão sofridaNão soube me amar como amei.
Te perdôo, pois nada sei,
E na sua tão breve acolhida
Acabei me entregando, eu pensei
Que se houvesse uma dúvida,
Ela logo passaria, me jogueiSem medo de tê-la arrependida.
Mas o que eu nunca imaginei
É que fosse assim tão bandida,Nessa arte, uma fora-da-lei.
Que pudesse ser tão aguçada.
E que tanto jogasse, me espantei.E encontrar a casa abandonada,
Foi ruim para mim, só fiquei.
Me vi longe de minha amadaE agora admito, eu me entreguei,
À bebida, ao vicío a noite toda,
Só eu sei tudo o que amargureiVi o resto de nós virar nada.
Mas percebo que não vencerei,
No fim, te deixei aborrecidaCom toda bobagem. Me deixei.
Com forte inspiração na música "Mil perdões" , de Chico Buarque
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