Acerto meus pecados nessa terra seca como o inferno
Da injustiça sou refém.
Debaixo desse sol que não me convém.
A fome constante é a mãe da ilusão
Tenho a dor de me divertir com a mais mortal distração
Enquanto a vida se esvai de pouco a pouco
Me sinto tão vazio e oco.
Meu sangue já não difere dos grãos de areia
que clama pela água pura que cai do céu
para destruir todo esse véu
tecido de provações e tristezas
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