domingo, 6 de março de 2011

É ou não é?


Desde criança você ouve aquele papo dos seus pais, dizendo que na vida é importante não andar com más influências, tomar cuidado com as amizades, logo quando temos as primeiras noções de mundo, de como tudo funciona.

Aos dez você começa a entender as brigas, aos quinze começa a ver o que é certo e o que é errado, e talvez depois dos vinte, consiga entender como é que as pessoas funcionam. O que as deixa felizes, insatisfeitas e até o que fazer para enganá-las, caso você vá se tornando um pilantra inescrupuloso. E muito do seu caráter, nesses anos, é moldado pelo que você assiste, por quem você conversa e por quem considera como referência.

Tá, eu estou aqui com os meus vinte e com um discurso de trinta ou quarenta, mas se pareço mais velho é porque sou experiente e já vi/fiz muita coisa que você, leitor com menos idade, já hesitou fazer. Na mesma proporção que hesitei em agir como muitos agem só para demonstrar coragem, o que ao meu ver é uma estupidez sem tamanho.

Conte quantos amigos seus já quiseram fumar um baseado e te arrastar também. Bah, coisa leve, ficar alto uma vez na semana não mata ninguém. Beber, então, nada demais (Ok, eu bebo, não criticarei quem o faz). 90% das pessoas fumantes que eu conheço, só começaram a ter o hábito quando se deparam com alguém que já é viciado. Evidente que não é um número exato, é só uma estimativa. Mas não é aí que eu quero chegar.

Será que se você se espelhasse em alguém que não carrega consigo algo negativo, as suas vontades não seriam outras? Não que tenhamos de ser caretas e viver com as caras enfiadas em livros. NÃO, pelo amor de James Brown, não. Mas custa ter um estilo próprio de se vestir, de pensar, de se comportar, sem ter de consultar vitrines e tendências que o mundo cospe, sem critério e crivo algum?

Ninguém quer chegar aos cinqüenta, olhando para fotos do passado e pensando: “Poxa, o que é que eu fiz, o que é que eu fui?” Daí sub-entendemos que os ideais não eram próprios, e sim de outras pessoas. Porque quem agiu de acordo com o que acredita, durante a vida, jamais se arrependeu depois.

Os jovens de hoje tem mania de querer imitar exemplos abomináveis, em busca de uma identidade que certamente lhes trará embaraço num futuro não muito distante. Antes que o moralismo torne este texto uma lição, comento que é muito fácil se perder ao responder para si mesmo aquela perguntinha: “quem sou eu”?

Nessa vida, o que te leva para frente ou para trás, são as referências. E cabe a você, só a você, decidir no que elas vão afetar a sua forma de enxergar o mundo, que se encontra cheia de cópias porcas e sem conteúdo algum. Mas antes de qualquer coisa, enxergue. Não deixe que te digam o que é certo ou errado. Quem é sábio, escolhe por si só. 


Nota: Criado pelo meu Irmão Felipe Portes @donfillippo ^^  espero que gostem :) Abraços e Boa noite :)

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